Quinta-Feira, 02 de Janeiro de 2025 às 09:42

Diocese de Jales realiza abertura oficial do Jubileu 2025 “Peregrinos de Esperança”

Dom Reginaldo ainda fez um convite a todos os diocesanos à luz das celebrações em 2025: “Convido, pois, nossa Diocese toda a ser mais unida na missão que Deus nos confiou de cuidar da vida integralmente – de nossa vida humana e de nosso meio ambiente

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A Diocese de Jales realizou na tarde de domingo, dia 29 de dezembro, a Abertura Solene do Ano Jubilar de 2025, “Peregrinos de Esperança”, com todo o clero e representantes leigos das Paróquias, Quase-Paróquias e Comunidades.

A celebração iniciou às 14h30, com concentração no Centro Pastoral da Catedral Diocesana de Jales, de onde saiu a peregrinação com destino à Catedral Diocesana Nossa Senhora da Assunção, culminando com a Celebração Eucarística, presidida pelo bispo diocesano Dom José Reginaldo Andrietta.

Durante a homilia, Dom Reginaldo refletiu sobre as comemorações que a Diocese de Jales irá celebrar em 2025. “Celebramos o Jubileu da encarnação de Jesus Cristo, com toda a Igreja Universal, também o Jubileu de 65 anos de nossa Diocese e o Jubileu de 50 anos de nossa Catedral. Entendamos, portanto, o ano Jubilar a partir dessa imagem do caminho que nos guiou no processo sinodal, enfatizada agora pelo lema “Peregrinos de Esperança”, deste Ano Jubilar. A esperança cristã não nos decepciona, pois não é passiva e conformista. Ela nos ajuda a transcender a realidade transformando-a”, disse.

Dom Reginaldo ainda fez um convite a todos os diocesanos à luz das celebrações em 2025: “Convido, pois, nossa Diocese toda a ser mais unida na missão que Deus nos confiou de cuidar da vida integralmente – de nossa vida humana e de nosso meio ambiente – como também da nossa Catedral, casa comum de nossa família diocesana, casa de nossa mãe, Nossa Senhora da Assunção”.

DECRETO E INDULGÊNCIA

Ao final da celebração, o chanceler da Diocese de Jales, Pe. Rodolfo Cabrini de Oliveira, leu o Decreto de Abertura do Ano Jubilar, em comunhão com o Papa Francisco e toda a Igreja.

De acordo com o decreto, ficam estabelecidas como Igrejas Indulgenciárias na Diocese de Jales a Catedral Nossa Senhora da Assunção e o Santuário Diocesano da Santíssima Trindade, ambas estabelecidas em Jales/SP.

“Vamos realizar uma programação de atividades que irão favorecer os fiéis para peregrinação e também no recebimento das indulgências conforme indicado no decreto e orientação da Igreja”, afirmou o Pe. Valter Lucato Campano Junior, pároco da Catedral.

O QUE É INDULGÊNCIA

Ainda de acordo com o Pe. Junior, que também é assessor diocesano de Liturgia, quando confessamos obtemos o perdão dos pecados, porém ficam as penas temporais. “Diz o Catecismo que, quando morremos, se confessamos, estamos no purgatório. Quando recebemos a indulgência, que é a liberação das penas temporais, então alcançamos o estado de graça de conviver no céu. Durante todo esse ano, quem visitar a Catedral ou o Santuário, participar da missa, comungar, rezar o Creio e o Pai Nosso nas intenções do Papa, confessar e ter reta intenção de mudança de vida, então receberá a indulgência plenária”, explicou.

O Ano Jubilar de 2025 foi proclamado pelo Papa Francisco através da Bula Papal “Spes Non Confundit”, ainda em 2024. Na Diocese de Jales, o Ano Jubilar irá transcorrer até o dia 28 de dezembro de 2025.

LEIA NA ÍNTEGRA A HOMILIA COMPLETA DE DOM REGINALDO ANDRIETTA DURANTE A ABERTURA DO JUBILEU DE 2025 – “PEREGRINOS DE ESPERANÇA”

 

CELEBRAÇÃO DE ABERTURA DO ANO JUBILAR DE 2025 NA DIOCESE DE JALES

Catedral Nossa Senhora da Assunção

29 de dezembro de 2024

Homilia de Dom José Reginaldo Andrietta

Amados irmãos, amadas irmãs.

Esta celebração de Abertura do Ano Jubilar em nossa Diocese, na festa da Sagrada Família, é muito oportuna para refletirmos sobre a identidade da Igreja, constituída como família de Deus, inspirada na família de Nazaré, Jesus, Maria e José, bem como refletirmos sobre o sentido do ano Jubilar de 2025, que para nossa Diocese é tríplice: celebramos o Jubileu da encarnação de Jesus Cristo, com toda a Igreja Universal, também o Jubileu de 65 anos de nossa Diocese e o Jubileu de 50 anos de nossa Catedral. O que a Palavra de Deus desta celebração nos sugere a esse respeito?

O Evangelho retrata a identificação crescente de Jesus com a missão que Deus Pai lhe confiou, o que nos sugere correspondermos também à missão que ele próprio confia a cada um de nós. Para compreendermos bem esse Evangelho devemos tomar em consideração que foi escrito 40 anos após a Páscoa de Jesus, com sentido exatamente pascal.

José, Maria e Jesus foram em caravana, como peregrinos, a Jerusalém para a festa da Páscoa. Jesus tinha, então, doze anos, assim diz a tradição, idade na qual os meninos entravam no mundo adulto por meio de um rito de passagem. Passagem: “páscoa”.

Na viagem de volta, José e Maria, dando-se conta que Jesus não se encontrava na caravana, regressaram a Jerusalém, encontrando-o três dias depois, no Templo, com os mestres. Deus, na pessoa de Jesus, que dialoga com a humanidade, com a sabedoria que lhe é própria, falando, mas também perguntando. Maria falou-lhe, então, da angústia sua e de José, pois pensavam tê-lo perdido. Como poderia estar perdido quem tem por missão salvar? Entendemos, então, a didática catequética de Lucas, com as questões que Jesus dirige a Maria: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 

Por que procuramos a Jesus? Onde podemos encontrá-lo? São questões sempre importantes a cada um de nós, a serem respondidas à luz da morte, ressureição e glorificação de Jesus, chaves de leitura desse Evangelho. 

Os três dias à sua procura correspondem ao tempo de sua morte. O contexto é o de sua própria Páscoa. A “casa do Pai” onde ele deve estar, evidencia sua condição de glorificado. José e Maria demonstraram dificuldades para compreender o que Jesus lhes disse.

De fato, é difícil compreendermos Deus se manifestando nos pequenos, em um adolescente em processo de autonomização e compreendermos a vida como caminho de emancipação, ou seja, um caminho pascal. Nossa compreensão deste mistério nasce do discernimento, como Maria o fez, conservando em seu coração “todas estas coisas”, significando que devemos, igualmente, discernir a presença e a ação de Deus nos acontecimentos da vida, particularmente em nosso processo de humanização, Deus se fazendo presente nele, nos humanizando.

Deus se manifesta em nós e na realidade que nos envolve. De fato, ele age em todas as circunstâncias, sobretudo nas situações de adversidades, oportunizando-nos aprendizado, crescimento, sabedoria e graça. Ao afirmar que Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça diante de Deus, Lucas nos convida a vivermos um processo semelhante de estruturação pessoal, personalização e crescimento em direção à plena estatura de Cristo, o que Paulo, dirigindo-se aos Efésios, confirma, dizendo:

“Então, não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas e levados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos homens e por eles, com astúcia, induzidos ao erro. Ao contrário, vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é cabeça. É dele que o corpo todo recebe coesão e harmonia, mediante toda sorte de articulações e realiza seu crescimento, construindo-se no amor, graças à atuação devida de cada membro” (Ef 4,14-16).

Paulo mesmo, em sua Carta aos Colossenses, desta celebração, apresenta exortações que estimulam coesão e harmonia comunitária e social: “revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros, ou seja, sendo um suporte uns para com os outros, e perdoando-vos mutuamente”.

Ele, Paulo, apresenta valores a serem cultivados na vida familiar, associando-os à vida eclesial, afinal famílias cristãs são a base da Igreja, entendida por nossa Diocese como Rede de Comunidades Eclesiais Missionárias, presentes em todas as realidades de vida pessoal e social, cujos membros partilham suas vidas, oram com a Palavra de Deus e atuam solidariamente.

Por meio dessas comunidades, aprendemos a cultivar familiaridade, conforme nos propõe o livro do Eclesiástico: respeito a nossos pais e nossas mães, sobretudo amparo e compreensão na sua velhice; quem é caridoso com eles alcança o perdão dos pecados, evita cometê-los, é ouvido em suas orações e terá vida próspera e longa.

No antigo Israel, a prosperidade e a longevidade eram o que de melhor poderia acontecer a uma pessoa, correspondendo em Cristo, à vida plena e eterna, compreendida como dom de Deus e fruto de nossa convivência saudável. É isso que motiva nosso encontro celebrativo desta tarde.

Ao abrirmos, hoje, em nossa Diocese, o Jubileu da encarnação do Filho de Deus, abramos nossos corações para acolher a Cristo, levantemos nosso olhar para vislumbrarmos o caminho a seguir, tendo como horizonte a realização plena do Reino de Deus, na realidade deste mundo e muito além dele.

O caminho, evidentemente, é Cristo. Ele é nosso ponto de partida e nosso ponto de chegada, mas ele também caminha conosco, como o fez de povoado em povoado, ensinando seus discípulos por seu testemunho de amor aos que não eram amados; como o fez da Galileia a Jerusalém, empoderando os pobres, confrontando-se com os poderes deste mundo, vencendo-os com sua ressureição; como o fez, também, com os discípulos de Emaús, aquecendo seus corações com a Palavra de Deus e abrindo seus olhos para o enxergarem no pão partilhado, descido do céu, para a vida do mundo.

Entendamos, portanto, o ano Jubilar a partir dessa imagem do caminho que nos guiou no processo sinodal, enfatizada agora pelo lema “Peregrinos de Esperança”, deste Ano Jubilar. A esperança cristã não nos decepciona, pois não é passiva e conformista. Ela nos ajuda a transcender a realidade transformando-a; por isso, habita o coração dos famintos e abandonados, dos fatigados e sobrecarregados, dos rebaixados e discriminados, e dos que se unem pela paz, na luta pelo que é justo. Estes, para Cristo, são bem-aventurados.

Abrindo este Ano Jubilar, unamo-nos, enfim, ao desejo que o Papa Francisco manifestou quando o lançou em 2022, de que seja um ano de autêntica conversão, especialmente ecológica. Assim disse ele naquela ocasião: “Sentindo-nos todos peregrinos na terra onde o Senhor nos colocou para a cultivar e a guardar (cf. Gn 2,15). Não nos deixemos, ao longo do caminho, de contemplar a beleza da criação e cuidar da nossa casa comum”.

Em consonância com esse desejo do Papa, celebrando também nosso Ano Jubilar Diocesano, em 2025, como Jubileu de Safira, ou seja, 65 anos de Diocese, bem como o Jubileu de Ouro de nossa Catedral Nossa Senhora da Assunção, adotamos como lema Jubilar da Catedral, podendo também ser Diocesano e até mesmo de nossa Romaria Diocesana, em 2025: “Unidos em Cristo, com Maria, cuidamos de nossa Casa Comum”.

Convido, pois, nossa Diocese toda a ser mais unida na missão que Deus nos confiou de cuidar da vida integralmente – de nossa vida humana e de nosso meio ambiente – como também da nossa Catedral Diocesana, casa comum de nossa família diocesana, casa de nossa mãe, Nossa Senhora da Assunção.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!

Com informações da Assessoria de Comunicação.

Mais informações de Jales e Região você confere em www.radioassuncao.com.br.

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