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Editorial da Semana

Editorial da Semana - Diocese de Jales

Sábado, 05 de Outubro de 2024 às 07:49

Deus nos deu um presente: Maria - Padre Geraldo Trindade Furlaneto, Pároco de Três Fronteiras

No mês de outubro de 1717, portanto a 307 anos atrás, foi basicamente pescada nas águas barrentas do Rio Paraíba, uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição. Este fato, onde participaram três pescadores, tornou-se muito comentado na época e..

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No mês de outubro de 1717, portanto a 307 anos atrás, foi basicamente pescada nas

águas barrentas do Rio Paraíba, uma pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição.

Este fato, onde participaram três pescadores, tornou-se muito comentado na época e

também se tornado um objeto de devoção, quando ao rezarem diante daquela imagem,

muitos sinais milagrosos começaram a acontecer.

Com esses sinais realizados através daquela pequena imagem, cujo nome que foi

dado era “Nossa Senhora Aparecida”, justamente por ter apenas aparecido a eles, e foi

conservada durante muitos anos na casa de um dos pescadores. O fato é que muitos

peregrinos começaram a ir até lá, vindos de todos os recantos do País. A devoção cresceu

tão forte que em 1917, ano em que completou 200 anos de aparição, aquela pequena

imagem foi coroada solenemente e, em 1930, foi declarada Padroeira do Brasil.

Depois disso, o Santuário a ela dedicado em Aparecida nunca mais cessou de

receber peregrinos não só do Brasil, mas do mundo inteiro, que vem constantemente rezar

e pedir a querida Mãe de Deus a sua intercessão diante das doenças e dificuldades em suas

vidas. E por sinal divino, nunca saíram desapontadas.

Esses sinais que acontecem, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, levaram

muitos estudiosos a refletir sobre o papel de Maria na vida do povo e da Igreja. Maria

recebeu de Deus a plenitude da graça, que foi revelada no dia da anunciação pelo anjo

Gabriel (Lc 1,28). A mesma Maria, reconhecendo sua pequenez anuncia: “Todas as

gerações me chamarão de bem-aventurada” (Lc 1,48). Durante toda a sua vida, até a

última provação, quando Jesus seu filho morre na cruz diante dela, sua fé não vacilou.

Maria sempre acreditou no cumprimento das promessas de Deus e por isso a Igreja sempre

lhe prestou um culto de veneração. Nós amamos o Filho de Maria, Jesus Cristo, portanto,

devemos amar também a sua mãe, sua fiel discípula, a primeira que acreditou, dando seu

“sim”, quando o anjo lhe anunciou que ela seria a mãe do Salvador.

É por isso que a devoção à Virgem Maria faz parte do culto cristão católico. Porém,

esse culto que oferecemos a Maria difere essencialmente do culto que se presta à

Santíssima Trindade. Ao Deus uno e Trino nós adoramos, enquanto a Maria nós

veneramos. Isso é preciso sempre ser repetido para que não haja dúvidas no coração do

povo católico e nem para outras denominações cristãs.

Maria é conhecida com vários títulos, entre eles Nossa Senhora das Graças, de

Lourdes, de Fátima, de Guadalupe, de Aparecida, mas é sempre a mesma Maria de

Nazaré, mãe de Jesus, toda de Deus e toda do povo. Por isso esse carinho do povo em

homenagear Maria com vários títulos, pois ela faz parte da vida do povo cristão católico.

Foi Jesus que, morrendo na cruz, entregou sua mãe à Igreja na pessoa do discípulo

João que, junto com Maria, estava aos pés da cruz e disse: “Eis aí tua mãe”, depois disse a

Maria: “Eis aí teu filho” (Jo 19,27). E desde aquele dia o discípulo a levou para sua casa.

A casa do discípulo, nós sabemos, é a comunidade, a Igreja. Maria é, portanto, presença

materna na comunidade dos que acreditam em Jesus.

O culto que prestamos a Maria não nos afasta de Jesus, pelo contrário, nos une ainda

mais a Cristo pois chama toda a humanidade para adorar o seu Filho: “Fazei tudo o que

Ele vos disser” (Jo 2,5). Eis o que nos ensina Maria; é sua última palavra na Bíblia, é seu

testamento. Toda a vida de Maria depois disso foi um eterno entregar-se a Deus e sendo

um testemunho silencioso de amor a Deus e intercessão por toda a humanidade.


O culto à Maria, portanto, além de totalmente alicerçado na Palavra de Deus, nunca

foi e nunca será uma idolatria, como é afirmado, mas a devoção a Maria nos leva a Jesus, à

comunhão com Ele. Jesus é a meta de toda devoção Mariana. A alegria de Maria é que

aceitemos e sigamos Jesus, assim como ela sempre o fez até o caminho do calvário.

Maria não é o centro da fé, o centro é Jesus. Porém, Maria faz parte do centro da fé

porque faz parte, de forma única, da vida de Jesus. Mãe e Filho estão ligados no plano de

Deus e não podem ser separados; não se pode reconhecer o Filho e não reconhecer a Mãe.

Aceitemos a vontade de Deus, aceitemos o presente que Ele nos dá: MARIA.

Estamos na semana que antecede o dia de Nossa Senhora Aparecida. Inúmeras

paróquias e comunidades a tem como padroeira. Vamos todos nos unir em oração, pedindo

sua intercessão para que tenhamos mais união, paz e amor entre nós. Que Nossa Senhora

Aparecida ilumine os governantes do mundo para que cessem as guerras. A paróquia de

Três Fronteiras, que também a tem como padroeira, também convida a todos para

participar das missas e também dos momentos festivos.

Nossa Senhora Aparecida: rogai por nós.


Padre Geraldo Trindade Furlaneto

Pároco de Três Fronteiras


Sugestão de olho – “O culto à Maria, portanto, além de totalmente alicerçado na

Palavra de Deus, nunca foi e nunca será uma idolatria. Jesus é a meta de toda

devoção Mariana”

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