“Jesus, o crucificado,
ressuscitou, como tinha dito” (cf. Mc 16, 6).
A
Ressurreição de Jesus é um caminho de fé, que parte de um acontecimento real,
testemunhado pelos primeiros discípulos de Jesus, aqueles que seriam chamados
de cristãos. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que “a ressurreição de Jesus glorifica o nome de Deus
salvador porque, a partir daí, é o nome de Jesus que manifesta em plenitude o
poder supremo do nome que está acima de todos os nomes (Fl 2, 9-10).” Todo cristão é
convidado a fazer a diferença, sendo luz do Ressuscitado onde está.
Esta
é a centralidade da mensagem cristã deixada por Jesus, uma mudança de sentido
de vida, que serve de fundamento da fé, assim como foi o fundamento da fé dos
apóstolos é o fundamento da fé que da Igreja recebemos. Ao compartilharmos a nossa fé em Cristo
Ressuscitado podemos dialogar com a sociedade, sendo sinal valoroso
no mundo atual, em que se multiplicam, cada vez mais, as divisões e violações
da dignidade do homem.
Na Encíclica do Papa Francisco Fratelli
Tutti, sobre a fraternidade e a amizade social, fica claro que a dignidade
humana não é uma invenção ou suposição nossa, mas que existe realmente um valor
superior às coisas materiais, devendo ser respeitada em qualquer situação, afinal
“A vida é a arte do encontro” (Vinicius de Moraes).
O Papa Francisco, ainda nos ensina, que fomos curados
pelas chagas de Cristo (cf. 1 Pd 2, 24), assim à luz do Ressuscitado, os nossos
sofrimentos são transfigurados. Onde havia morte, agora há vida; onde havia
luto, agora há consolação. Jesus deu sentido aos nossos sofrimentos ao abraçar
a sua cruz. No testemunho definitivo de amor que Deus manifestou na cruz de
Cristo, todas as barreiras de inimizade já foram derrubadas (cf. Ef 2,12-18) e
para quantos vivem a vida nova em Cristo as diferenças raciais e culturais não
são mais motivo de divisão (cf. Rm 10,12).
É necessário trazer uma nova e verdadeira esperança as
pessoas. Apenas o evangelho de Jesus pode dar novo ânimo e lucidez profética
aos seus seguidores, um anúncio consistente. É preciso anunciar o Cristo, como
Salvador, Senhor e nosso Messias, desse anúncio querigmático nasce nossa
experiência de fé em Jesus de Nazaré, podendo, assim, contribuir para a
expansão do Reino de Deus.
Graças
ao Espírito, a Igreja conhece o desígnio divino que abrange todo o gênero
humano (cf. At 17,26) e que tem finalidade a reunião de todos no mistério de
uma salvação realizada sob o senhorio de Cristo. A Igreja dedica-se ao próprio
mandato de restaurar e testemunhar a unidade perdida em Babel, assim, neste
mistério eclesial, a família humana é convidada a recuperar a própria unidade e
a perceber a riqueza de suas diferenças, almejando assim, a total unidade em
Cristo. (LumenGentium5)
Jesus
está aqui, vivo entre nós, esse é o motivo da nossa alegria e dos nossos atos do
ser cristão. É preciso que os efeitos
salutares da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo estejam em todos os cantos
do mundo. Que como Maria Madalena, apóstola dos apóstolos, possamos gritar ao
mundo: Vimos o Senhor, afinal: “A Páscoa é todo dia.Se eu levar o Cristo em minha
vida, tudo será um eterno "aleluia"!